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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

PARALISAÇÃO DO CURSO DE ODONTOLOGIA DA UPE CAMPUS ARCOVERDE

Como estudantes do curso de Odontologia da Universidade de Pernambuco, Campus Arcoverde, em Arcoverde-PE, vimos por meio desta apresentar a situação atual: até o momento existem três turmas no curso, uma no quinto, uma no terceiro e uma no primeiro semestre. O curso no interior iniciou suas atividades no período 2011.2, mas dois anos depois, ainda não possui um prédio próprio. Faltam clínicas, pré-clínicas e laboratórios que dêem suporte às aulas práticas de alguns componentes curriculares, que são de fundamental importância na formação do cirurgião-dentista.
Os estudantes do curso encontram-se alocados em uma escola estadual e contam com um único laboratório multidisciplinar, onde são realizadas práticas de todos os componentes curriculares dos eixos das Ciências Biológicas e da Saúde e das Ciências Odontológicas. No entanto, esse laboratório não dispõe de materiais e equipamentos suficientes para suprir todas as necessidades.

Como preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Odontologia, se faz necessária na formação do cirurgião-dentista generalista, dentre outras coisas, uma considerável carga horária prática que deve ser cumprida em laboratórios, clínicas e no Sistema Único de Saúde (SUS) através de aulas práticas e estágios curriculares. Sendo assim, a falta de estrutura física adequada às práticas pré-clínicas (de laboratório) e clínicas vem prejudicando os estudantes desde o ano passado e inviabilizou a realização de algumas aulas práticas de componentes curriculares como Introdução à Clínica Odontológica, Atenção Básica em Saúde Bucal I, II e III, Atenção Secundária em Saúde Bucal I e Reabilitação Oral I.

Como medida de redução de danos, ocorreram algumas adequações de práticas na Rede Municipal de Saúde e mudanças na estrutura curricular. No entanto, não cabem mais medidas de adequação. Não queremos mais paliativos que acobertem a falta de compromisso do Governo do Estado com os campi do interior, em especial com o Campus Arcoverde. PARAMOS NOSSAS ATIVIDADES. Não há como prosseguir o curso sem seu componente prático. Estamos cansados de prazos que não se cumprem, queremos ações. Necessitamos de uma atitude imediata. Pedimos o apoio do CRO-PE para alcançarmos o que é nosso por direito: EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

Marcos Antonio - PRESIDENTE DO CENTRO ACADÊMICO DE ARCOVERDE

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