Uma obra complementar e essencial para levar a água para pernambucanos que sofrem efeitos da seca foi atrasada – de propósito? - e depois, rejeitada pelo governo de Eduardo Campos.
Questionado em outubro sobre a lentidão da transposição, que se arrasta desde 2007, Campos disse que “dá para fazer obras dentro do cronograma” se houver um “modelo de governança”.
O governador rompeu em setembro com a presidente Dilma Rousseff para se lançar ao Planalto em 2014.
O Ramal do Agreste, orçado em R$ 1,3 bilhão, servirá para ampliar o alcance da transposição em Pernambuco, conectando a obra a uma adutora que está sendo construída pelo Estado.
Em janeiro, o Ministério da Integração Nacional fez o projeto da obra e a transferiu para a Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento), que havia se comprometido a construir o ramal com recursos federais.
Na ocasião, a Compesa previu lançar em março a licitação. Em julho, fez nova previsão e anunciou que até o fim daquele mês seria divulgada a concorrência.
Em agosto, porém, a companhia devolveu a obra para o Ministério da Integração, argumentando que o objetivo era “dar mais celeridade” porque as características do ramal são parecidas com as da transposição.
“De junho para julho a gente começou a negociar a devolução, então não teve mais sentido [fazer a licitação]. Entregamos tudo que recebemos com um upgrade, com os estudos que fizemos”, afirmou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.
O ministério, que na época da devolução era comandado por Fernando Bezerra (PSB), indicado por Campos, ainda não começou a construir o ramal. A licitação está prevista para este mês.
O atual ministro, Francisco Teixeira, é ligado ao governador do Ceará, Cid Gomes, que rompeu com Campos. Informações da Folha
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