O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou uma Ação Civil Pública contra a prefeita de Betânia, Eugênia de Souza Araújo. Na apuração dos fatos, comprovou-se que a prefeita, em ato arbitrário, transferiu as professoras de suas lotações originárias em represália à greve, segundo informações do MPPE
O promotor de Justiça Fabiano Morais de Holanda Beltrão cita como um exemplo de perseguição política o caso da professora Núbia Aguiar Magalhães. Ela narrou que lecionava na Escola Municipal Socorro Andrada e que foi candidata à prefeita por um partido político de oposição ao de Eugênia de Souza Araújo. Foi derrotada nas urnas, mas manteve sua posição crítica sobre a atual gestão e se tornou uma das líderes do movimento paredista.
Segundo a professora, em fevereiro de 2014, recebeu um comunicado verbal de que seria transferida para o Grupo Escolar José Donato da Silva, na zona rural dessa cidade, local afastado das áreas mais povoadas, sem que fosse publicado qualquer ato administrativo oficial formalizando a transferência.
A atual gestão alegou que a transferência foi motivada pela “necessidade de remanejar servidores do quadro efetivo de pessoal para suprir vaga desfalcada”. Apesar da transferência ocorrer no interesse da administração, não havia qualquer previsão de ressarcimento de deslocamento para a localidade rural, fato que foi denunciado pelas servidoras públicas prejudicadas. A prefeita concedeu então um valor para suprir o deslocamento, de R$ 80, verba que não supre os custos das servidoras.
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